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 Depois de FHC - Geração Editorial Geração Editorial


Depois de FHC

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Depois de FHC
Autor: Álvaro Pereira
Categoria: Reportagem
Formato: 16 x 23 cm
Páginas: 312
Peso: 250gr
ISBN: 857509064-X
Cód. barra: 9788575090640
R$ 49,00
Editora: Geração

Sinopse:

Este livro, puro jornalismo político, é importante para tentar entender o Brasil que vem aí. A partir de entrevistas relevantes com nomes expressivos da política brasileira, o jornalista Álvaro Pereira antecipa e ilumina cenários do que pode ser o país depois do longo e paciencioso estrelato de Fernando Henrique Cardoso. A palavra é dada a políticos que vão de FHC aos candidatos à eleição presidencial de 2002, como Ciro Gomes, Anthony Garotinho e José Serra; de pefelistas como ACM e Jorge Bornhausen ao presidente Lula e seus ministros Cristovam Buarque e José Dirceu, formando um painel e tanto dos novos rumos do Brasil.

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Um livro chave para entender o Brasil atual: em “Depois de FHC”, protagonistas da política avaliam os últimos anos e fazem reflexões para o futuro

Qualquer grande decisão é um momento delicado, de enorme responsabilidade. O Brasil viveu a pouco tempo um momento desses quando terminava a era FHC e se preparava para escolher o novo presidente. Os dados que o cidadão precisa para esta difícil escolha estão espalhados por aí aos milhares, mas não necessariamente de maneira clara. O que vem pela internet em tempo real se embaralha com o que se vê no programa eleitoral gratuito. O que se fala nos debates nem sempre é igual ao que se lê nos jornais. Nas ruas, discussões acaloradas muitas vezes obscurecem uma análise mais acurada.

Em meio a esta torrente de informações, faltava justamente as provenientes do instrumento analítico e reflexivo por natureza: o livro. Para preencher esta lacuna, o jornalista Álvaro Pereira dedicou seus últimos 14 meses – com fôlego redobrado nos últimos três meses, com o esquentamento do processo eleitoral – a preparar, fazer entrevistas e escrever o livro “Depois de FHC” . O subtítulo detalha a intenção: “Personagens do cenário político analisam o governo Fernando Henrique Cardoso e apontam alternativas para o Brasil”.

A bem da verdade, não seria excesso de pretensão afirmar que são os principais personagens do atual cenário político-eleitoral que falam no livro de Álvaro Pereira, fazendo com que “Depois de FHC” se configure em um painel valioso para compreender o presente, os últimos oito anos e iluminar possibilidades para o governo que vem por aí. A lista de “colaboradores” do livro é longa, e deve ser citada, de acordo com o critério de dividir os capítulos pelo partido ou grupo político do entrevistado.

Assim, pelo PT falam José Dirceu, Cristovam Buarque e o então candidato Lula. Pela Frente Trabalhista, Miro Teixeira, o candidato a vice Paulo Pereira da Silva e o candidato a presidente Ciro Gomes. Pelo PPB, Delfim Netto. Pelo PSB, o candidato a presidente Anthony Garotinho. Pelo PFL, Jorge Bornhausen e Antonio Carlos Magalhães. E pela coligação PMDB/PSDB, Michel Temer, Pedro Simon, José Anibal, Paulo Renato e o candidato José Serra. Para finalizar, um depoimento exclusivo do presidente Fernando Henrique Cardoso. O autor deixou o presidente para o fim justamente para poder levar a ele tudo o que de bom e de ruim havia se dito a seu respeito durante todo o livro. Conseguiu, com sua habilidade e experiência no jornalismo político, tirar de FHC um depoimento único e pessoal.

Mas não foi só com FHC que Álvaro Pereira demonstrou competência. Com todos os entrevistados, esmiuça questões conjunturais, eleitorais, econômicas, políticas e até pessoais. Segundo o prefaciador, Ronaldo Costa Couto, o livro “trata de globalização, desenvolvimento e subdesenvolvimento, governo, desajustes econômicos, desemprego, desigualdade social e pobreza, segurança e insegurança, educação, saúde, inflação, eleições etc.” Vale também a observação de que “Depois de FHC” vale como um debate entre os quatro candidatos à presidência da República, muito mais aprofundado que os minutos de réplica e tréplica que os debates de tevê permitem.

O mineiro Álvaro Pereira, de 50 anos, é um jornalista altamente credenciado e conhecido do público. Trabalhou durante 5 anos na sucursal de Veja de Brasília. Depois, tornou-se conhecido nacionalmente como repórter especial, comentarista e apresentador dos telejornais da Globo. Também já esteve do outro lado das notícias que sempre cobriu, exercendo durante dois anos o mandato de deputado federal por Minas. Nessa época, lançou o livro “Cara ou Coroa – Tudo o que você precisa saber sobre Parlamentarismo, Presidencialismo, Monarquia e República”. Hoje, pós-graduado em marketing pela Fundação Getúlio Vargas, tem sua própria empresa de comunicação, a AP Vídeo Comunicação Ltda. Em “Depois de FHC”, Álvaro Pereira saiu a campo com outro mestre, o fotógrafo Orlando Brito, autor do elogiado livro “Solidão no Poder”, que aqui também imprime a marca de suas imagens.

O autor abre o livro com um breve história da era FHC e faz um retrato do momento eleitoral. Quando passa a palavra aos entrevistados, perscruta visões do mundo e do Brasil. Pergunta e inquire com elegância e acuidade. Não titubeia em fazer vir à tona uma história pessoal que ilumine mais do que teorias econômicas. Mas também não dispensa essas últimas quando necessário. O objetivo é levar o país mais próximo do auto-conhecimento.

Curioso ler em “Depois de FHC” a frase de Lula em meio às críticas que faz ao governo atual: “Ele (FHC) representou um avanço para o Brasil”. Para, mais à frente, antecipar em análise precisa o dilema eleitoral de um de seus concorrentes: “O sofrimento do Serra é que ele não decidiu ainda se é oposição ou situação. Ele vai ter que definir o que é melhor, o que vai lhe dar mais votos…”.

Outra antecipação que o livro traz é a tônica da campanha da Frente Trabalhista, desde então com as tintas mais fortes. Do vice Paulinho, o sentimento popular: “Eu tenho brincado que o melhor cara com quem já negociei na minha vida foi o Fernando Henrique. Ele dá tudo o que você pede, só tem um problema: não cumpre depois”. O candidato, Ciro Gomes, quem mais contou histórias de bastidores, também já mostrava o tom: “É desqualificado o governo Fernando Henrique, desqualificado… Uma coisa dramática!”. E fala algo que lembra remotamente um elogio: “O fato de o presidente do Brasil chegar em um fórum internacional, ainda que numa posição muito vassala, muito passiva, muito subordinada, e se dirigir se necessário em diferentes línguas, isso é uma coisa que dá certa majestade ao cargo. Eu, pelo menos, gosto de ver”.

Delfim avalia incisivamente: “O governo Fernando Henrique se apresenta como um ponto de luz muito forte, que foi o Plano Real, cercado de escuridão por todos os lados.” Garotinho medita politicamente: “E acho que vai ser muito mais fácil para o Brasil conviver com um presidente cristão do que com um presidente ateu”. ACM em auto-análise: “Eu nunca fui poderoso junto ao Fernando Henrique (…) disse-lhe, uma vez, que ele devia me dar uma pancada para essa gente ver que não era verdade. Mas aí ele achou que devia me dar pancadas maiores… Não entendeu bem o meu espírito”. Serra lembrando o início do Plano Real: “Parecia tão difícil dar certo quanto o próximo casamento da Elizabeth Taylor”.

E, finalmente, de Fernando Henrique, em uma declaração reveladora: “Como eu queria aprovar (projetos no Congresso), tive de engolir sapo. Porque eu não faço política personalista, essa coisa de ficar preocupado com a biografia”.

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