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 Fora da ordem e do progresso - Geração Editorial Geração Editorial


Fora da ordem e do progresso

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Fora da ordem e do progresso
Autor: Luiz Ruffato e Simone Ruffato
Gênero: Contos
Acabamento: Brochura
Formato:  16 x 23 cm
Págs: 400
Peso: 750gr
ISBN: 8575091131
Código de barras: 9788575091135
Selo: Geração Editorial
Preço: R$ 52,00

Sinopse

Fora da Ordem e do Progresso é um olhar sobre a formação política do Brasil e sobre o exercício do poder. Através de uma recolha de contos de alguns dos melhores autores nacionais. Do romântico Bernardo Guimarães (1825- 1884) ao contemporâneo João Anzanello Carrascoza (1962), o leitor acompanha a repercussão dos acontecimentos da História na vida das pessoas comuns, da Inconfidência Mineira aos dias que se seguem.

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Um olhar sobre a política e o poder

Da ironia ao desencanto, do riso à indignação, um inédito retrato do Brasil

Militares torturam e matam presos políticos, nos anos 70. Três militares, em 1964, aproveitam ao tumulto do golpe para dar pequenos golpes no interior do Brasil. Um menino, em 1954, sofre as consequências da morte de Getúlio Vargas. Um parlamentar aceita ser traído pela mulher, na República Velha dos anos 20, porque ela é a garantia de sobrevivência de sua carreira. No Segundo Império, em 1882, o pai ensina ao filho os caminhos tortuosos para se tornar um “medalhão”, ou seja, um sujeito que detém poder e influencia os colegas nas altas decisões. No Brasil Colônia, cresce, junto ao povo, a imagem do herói Tiradentes.

O que estas histórias têm em comum? Segundo Luiz Ruffato e Simone Ruffato, organizadores da antologia Fora da Ordem e do Progresso, primeiro volume – como o tema “política” – da coleção “Histórias do Brasil”, elas têm em comum o fato de que tratam da formação política do Brasil e o exercício do poder, do Brasil Colonial aos dias de hoje. Tudo isso contado por 27 grandes contistas brasileiros. Luiz Ruffato é o consagrado autor de “Eles eram muitos cavalos”. Simone, sua mulher, é mestranda na Universidade de São Paulo – USP.

Quem são os contistas? Vejam a lista: Bernardo Guimarães, Machado de Assis, Arthur de Azevedo, Alcides Maya, João do Rio, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Mário de Andrade, Dyonélio Machado, Alcântara Machado, Marques Rebelo, José Cândido de Carvalho, José J. Veiga, Murilo Rubião, Otto Lara Resende, Lygia Fagundes Telles, Ignácio de Loyola Brandão, Ivan Ângelo, Nélida Piñon, Roberto Drummond, Sérgio Sant´Anna, Luiz Vilela, João Gilberto Noll, Domingos Pellegrini, Luiz Fernando Emediato, Julio César Monteiro Martins e João Anzanello Carrascoza.

Dos 27, 16 estão mortos. Dos 11 vivos, cinco vivem em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, um na Itália, um em Ituiutaba, interior de Minas, um em Londrina, no Paraná e outro em Porto Alegre. Os organizadores da antologia pretendem fazer um novo volume: muita gente, viva e morta, ficou de fora. Os contos dos 27 que formam este livro somam 400 páginas. “É um tamanho bom para começar a história”, dizem os organizadores.

As histórias foram montadas cronologicamente, de trás para a frente, ou seja, começa com o romântico Bernardo Guimarães (1825-1884) e termina com João Anzanello Carrascoza (1962). É pelas histórias desses 27 autores que o leitor acompanha a repercussão dos acontecimentos da História na vida das pessoas comuns, da Inconfidência Mineira aos dias que se seguem. “Muito mais que uma mera exposição dos fatos”, afirmam Luiz e Simone Ruffato, “a antologia propõe uma profunda reflexão sobre o nosso passado, sobre rumos tomados e opções descartadas, oferecendo assim uma possibilidade de, compreendendo como chegamos até aqui, podermos com consciência decidir para onde queremos ir a partir de agora”.

O tema do livro – a política – não deve ser visto da forma convencional, ou seja, a política como doutrina do direito e da moral, conforme nos ensina Aristóteles em sua Ética, ou mesmo como teoria do Estado, que ele discute em sua Política, mas o exercício da política tal e qual nos é dado conhecer ao longo de nossos 500 anos de existência.

O sentimento que permeia boa parte dos textos talvez seja aquele em que se ancora o olhar cínico que o maior de nossos escritores, Machado de Assis (1839-1908), lança sobre a sociedade. Em “Teoria do medalhão”, de 1882, o pai ensina ao filho os caminhos tortuosos para se tornar um “medalhão”, ou seja, um sujeito que detém poder e influencia os colegas nas altas decisões. “Impressionante a atualidade da discussão!”, ressalta Luiz Ruffato.

A sobrevivência dessa visão de mundo, do Segundo Império ao longo da História da República, é patente. Pode ser observada no deboche de Arthur Azevedo (1855-1908), no clássico “O plebiscito”; no parlamentar que se deixa ser traído pela mulher, porque ela é a garantia de sobrevivência de sua carreira, em “Numa e a ninfa”, de Lima Barreto (1881-1922); na caricatura da República Velha que faz Monteiro Lobato (1882-1948) em “O luzeiro agrícola”; no prefeito exemplar (porque louco) de José Cândido de Carvalho (1914-1989), em “Porque Lulu Bergantim não atravessou o Rubicon”; na esperteza daqueles que se aproveitaram da confusão provocada pela ditadura militar para se dar bem, como mostra Marque Rebelo (1907-1973), em “Acudiram três cavalheiros”; ou ainda na manipulação eleitoral, em plena Nova República, descrita por Luiz Vilela (1942), em “Más notícias”.

A prática política pode ser percebida também quando desanda o Estado e vivem-se situações de exceção, como no caso das guerras e revoluções, retratadas nos contos de Alcides Maya (1878-1944), Dyonélio Machado (1895-1985), João do Rio (1881-921) e Lygia Fagundes Telles (1923); ou das ditaduras, nos contos de Mário de Andrade (1893-1945) e Domingos Pellegrini (1949) – sob Getúlio Vargas –, e Ignácio de Loyola Brandão (1936), Ivan Ângelo (1936), Roberto Drummond (1939-2002), João Gilberto Noll (1946), Luiz Fernando Emediato (1951) e Júlio César Monteiro Martins (1955) – sob o governo militar. E há os autores que discutem a permanência do desconforto, alegoricamente, como Otto Lara Resende (1922-1992), Sérgio Sant’Anna (1941), José J. Veiga (1915-1999), Murilo Rubião (1916-1991) e Nélida Piñon (1935).

Os contos de Luiz Fernando Emediato – que está relançando também agora todos os seus contos e novelas num único volume, “Trevas no Paraíso”, também organizado e apresentado por Luiz Ruffato – e de Julio César Monteiro Martins, os temas são de extrema violência: a força da repressão e da tortura sobre os que se ergueram contra a ditadura pelas armas. No caso do conto de Emediato, uma quase novela, a violência espalha-se também sobre pessoas inocentes, alcançadas no meio do combate, seja pela repressão do aparato policial, seja pelas condições sociais que impedem os mais pobres de terem uma vida digna.

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